quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

- De regreso a casa -





Depois de muito tempo desaparecida deste blog, AQUI TOY!
A verdade é que  meses no México não foram "fáceis": entre provas, relatórios, cursos online, seminários e mais seminários, projetos que não davam certo e documentações; entre ter que aproveitar ao máximo meus dias lá e conhecer o máximo de lugares possíveis em pouco tempo, e muitas doenças que me acometeram no último mês, não tive mais tempo de postar...

(In)felizmente já estou de volta ao Brasil, mas isso não quer dizer que abandonarei isso aqui. Muito pelo contrário, agora posso postar com mais calma sobre todas as minhas peripécias feitas naquele país lindo e maravilhoso e, por que não, todas os meus anseios pra voltar pra lá.

Dia 16 de Setembro, dia do grito da Independência Mexicana.
Que os mexicanos são um povo que luta pelo que é seu, isso ninguém tem dúvidas, mas depois de ir ao museu de Historia Nacional (lá no Castillo de Chapultepec) e além de aprender mais sobre a história, também ver obras que a retratavam, é verdade que eles ganharam muito mais o meu respeito.

Pra falar a verdade, eu não saberia contar-lhes em detalhes, porém após algumas pesquisas, basicamente:
"O Dia da Independência do México é comemorado em 16 de setembro, em comemoração ao histórico Grito de Dolores em 1810, quando o padre Miguel Hidalgo convocou seus paroquianos a ignorar a autoridade do Reino de Espanha e se juntar à rebelião para libertar a nação mexicana da tutela espanhola.
El Grito de Dolores representa o início formal da Guerra da Independência. A tradição diz que o padre Hidalgo usou a torre do sino da paróquia oriental reunindo uma multidão de vizinhos, e lhes ofereceu um discurso patriótico iluminado que respirava seus corações com a firme determinação de conquistar o direito de livrar-se do jugo espanhol."

El Grito de Dolores

Então, todos os anos no Zócalo Capitalino, junta-se uma multidão de gente para ver o Presidente dar  o "Grito da Independência" da sacada do Palacio Nacional, às 23:00 hrs. Poréeeeem antes disso, ou seja, durante toooooodo o dia, o Zócalo é palco de shows musicais, apresentações culturais, apresentadores de TV agitando a galera, etc etc. Obviamente eu não perderia esse dia (mais mexicano impossível), muito menos depois de descobrir que haveria shows da Belinda e dos meninos do Reik naquela tarde.

Eu com minha ânsia brasileira disse a um amigo que estaria lá às 9 da manhã, mesmo que os shows começassem às 15:00. Graças a Deus ele não me deixou fazer essa loucura hahaha chegamos lá às 14:30 e a "plancha" do Zócalo estava praticamente vazia! 
Eu mal podia acreditar que estava a umas 5 ou 6 fileiras de pessoas de distância do palco, onde em alguns minutos estariam meus meninos do Reik! Porque assim, Reik é amor ♥

Esperamos um pouco e no palco estava a Galilea Montijo, uma apresentadora da Televisa, agitando o pessoal. Já tinha conhecido ela na gravação do primeiro episódio do programa Va Por Ti, onde a Dulce María era coach, e ela me caiu super bem, achei ela bem fofinha.
Depois de algum tempo chamaram o Reik e o show começou... não posso descrever, foi o último show da Tour Peligro e foi SENSACIONAL.
Escutá-los ao vivo só comprovou o porque eu gosto deles, o Chui canta MUITO, e o Bibi e Julio tocam lindamente. Infelizmente na metade do show do áudio bugou, pra ser sincera não lembro em qual música, mas lembro bem que fizemos coro e cantamos acapella com o Chui.
Lembro que quando tocaram Sabes, a primeira música que conheci (lembro bem que minha amiga Rafa me mandou essa música por MSN - é, faz tempo - láááá em 2007 e eu me apaixonei, daí já viu) e que basicamente era a música que descrevia meus sentimentos naquele momento... também dei uma chorada marota quando tocaram Con La Cara En Alto porque né, só ler a letra que vcs me entenderão...
Gravei acho que o show inteiro, mas não postei no youtube por preguiça daquela bagaça demorar 1 ano pra subir um vídeo... fiquei com raiva porque tinha umas meninas mega posers que só estavam lá porque o show era grátis, conversavam o tempo inteiro, ficavam indo pra trás pisando em mim (linda com meus 1.53 m de altura), colocando o cabeção na minha frente... mas até que deu pra aproveitar e muito, já que nunca os tinha visto assim.

Depois de uma apresentação de "Stand up" do Omar Chaparro (meu amorzinho), subiu ao palco a rainha princesa do pop Belinda.
Nem preciso dizer que foi mais um sonho realizado né? Ela cantou músicas do Utopía, do Carpe Diem (DOPAMINA ♥♥♥) e até "El Baile Del Sapito" (caso não lembre de Cúmplices de um Resgate, vide aqui https://www.youtube.com/watch?v=pAfEEnXl1mg) e VELHO, nessa hora foi a SENSAÇÃO DA TARDE: tinha MUITO fã clube dela lá, então imagina, sei lá, umas 500 pessoas fazendo El Baile Del Sapito de coreografia... muito dahora!
A bixa lacra viu, levou os bailarinos, as fantasias e no final... mariachis!!
Sim, foi 'un chingo' de mariachis que subiram ao palco e tocaram a última música (que não lembro qual era hueheue) 
Acho digna a Belinda porque ela é mexicana de corazón que nem eu, cês sabem né que ela é espanhola. Mas se fez no México e não esconde seu amor por esse país.

Depois de gritar e perder 50% da capacidade pulmonar nesses dois shows, bateu aquela larica né, e a intenção nesse dia tão mexicano era comer, obviamente, alguma comida super mega típica mexicana. Eu estava com bicha de comer chiles en nogada, típicos dessa época, mas não tive a oportunidade. E aí fizemos a pior merda que poderíamos ter feito.
Saímos do Zócalo vazio em busca de alimento e fomos parar num KFC, extremamente perto dali. Terminamos comendo sanduíche de frango, e não demoramos nem 40 minutos nessa refeição. Saímos do KFC e já estava escuro e em frente do restaurante havia uma fila GIGANTE. Perguntamos de que era a fila e nos responderam que simplesmente era pra entrar no Zócalo.
OH DEUS, por que fomos sair dali? Íamos de uma entrada a outra (fecharam o acesso livre e colocaram entradas, cheias de policiais e detectores de metais, ninguém entraria ali sem ser revistado) e em todas havia a mesma situação: muita gente e polícia barrando a entrada.
Depois de uma hora nessa brincadeira de esperar na fila que não andava, resolvemos dar a volta e procurar por algum lugar que desse pra entrar, afinal já eram 21 horas e o grito seria em duas horas e naquele ritmo, nem entraríamos a tempo.
Chegamos em outra entrada, menos organizada, e fomos acompanhando a fila em direção à entrada, porque íamos perguntar pro policial se aquela entrada iria abrir... no caminho um poli disse METANSE EN LA FILA, FORMENSE POR FAVOR. Não precisou pedir duas vezes uai, o policial me mandou furar fila, eu furei! HEUHEUHEUEHUEH na marotagem e obedecendo ordem entramos na fila (cortamos, furamos, é) e entramos rapidinho no Zócalo.
Aí nos demos conta de algo: a galera tava empatando f@@#! Ficavam se aglomerando nas entradas mas lá no fundo tava uma maravilha: um monte de espaço, crianças bricando com balões, gente sentada assistindo ao show do Joan Sebastian (muito bom, por sinal). Na última música, Joan chamou a Belinda pra cantar com ele e ela chorou, foi tão bonitinho :')

Aí gastamos o tempo fazendo uma sessão de fotos em todas as poses possíveis, vestidos de mexicanos muy machos: com um sombrero gigante que dizia "Viva México!", bigodes e tinturas faciais nas cores verde, branca e vermelha. Além de estarmos os dois devidamente uniformizados com a camisa da Selección Mexicana de Fútbol. 

Quando deu 23:00 nos aproximamos da sacadinha do Palacio Nacional, de onde ia sair o Peña Nieto pra dar o grito (que não é o grito, é uma tocada de sino que nem o Miguel Hidalgo fez há uns aninhos atrás). Haviam grupos de pessoas com seus sombreros de charro, gente com sombrero tipo cowboy, de palha... não entendi se eram famílias ou grupo de partidos políticos, enfim, só sei que me deu medo quando os caras que estavam do meu lado começaram a gritar com um pouco de ódio "CULEROOO, CULEROOOO" (Desculpa mãe, mas a tradução seria CUZÃAO, CUZÃAO). Nos afastamos um pouco desses manos e ficamos vendo em um telão toooda a procissão do Peña Nieto dentro do palácio, até que ele saiu lá na sacadinha. Nenhuma foto que eu tirei ficou boa, mas enfim.
Ele foi lá, falou umas coisas que não deu pra ouvir, tocou e sino e uau!
Parecia que eu estava em um Reveillon em Copacabana (nunca fui mas já vi pela tv, me deixem).
Uma chuva de fogos de artifício, de todas as cores e tipos, a coisa mais linda. Mas lindo mesmo foi quando saíram em sequência fogos verdes, brancos e vermelhos, iluminando toda a Catedral Metropolitana. Chorei porque né, sou eu.

Depois dos fogos foi uma MARATONA para pegar o último metrô.
Fiquei morrendo de dó porque enquanto saíamos do Zócalo, já que as entradas estavam abertas, quem tava fora começou a entrar em busca de algo que ver, mas o único que havia lá era o palco vazio e o Palácio iluminado nas três cores da bandeira.
Varredores passavam com suas vassouras de Bruxa do 71 na rua e um mano gritou 'NO SABÍA QUE HOY ERA LA CONVENCIÓN DE LAS BRUJAS!' Todos riram, inclusive os varredores. Tava bizarro mesmo.
Começamos a correr porque já era 10 pra meia noite e o último metrô saía exatamente às 00:00. Cabe mencionar que as estações Zócalo e Bellas Artes estavam fechadas, então tivemos que correr pra mais próxima, que no caso era Pino Suárez. Só que saporra tava longe bagarai, então corremos como loucos, e nos perdemos, e não achávamos o diacho da estação. Corremos, corremos, corremos mais um pouco até que achamos a entrada da estação, e por fim pegamos o último metrô com destino à felicidade sqn bem lindos: suados, cansados, mortos, devastados, com um sombrero de palha gigante, uniformizados, com a cara pintada... enfim, lyndos.

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No dia seguinte houve o desfile militar, que eu não tive a mínima vontade de ir, porque começava às 4 da manhã...
Segundo boatos haveria desfile aéreo, mas o tempo tava ruim e feio pra caramba... de qualquer forma meu amigo e eu subimos em uma passarela de travessia de pedestres e ficamos lá esperando. Escutávamos barulho de avião, mas não víamos nenhum, ora pois. Desistimos porque nos tinham convidado pra tomar café da manhã e fomos caminhando ao nosso destino, até que magicamente ouvimos um barulho de avião e ao olhar pro céu eu vi a coisa mais legal do mundo: uma esquadrilha fazendo figuras geométricas no céu. Foi muito muito louco. Sempre gostei desses bang de aeronáutica por causa do meu avô, que não cheguei a conhecer mas sempre admirei, que era controlador de vôo.
Reik ♥
Reik cantando "Creo En Ti"
Bônus: CONHECI O CHUI NAVARRO!!! No dia em que fomos levar um amigo argentino ao aeroporto, topei (literalmente) com ele, e apesar de não querer atrapalhá-lo porque notava-se que ele tava perdido e com pressa, meus amigos meio que me obrigaram a ir, aí quando disse que era o Brasil e que aqui tinha muita gente que gostava de Reik, ele foi super fofo e soltou um "aaaww, gracias, que linda!!" E eu que achava que ele era super mamón, engoli minhas palavras porque ele foi um balde de humildade e simpatia comigo. TE AMO CHUI ♥
Belinda e seus homi
Muitas dorgas na apresentação de Dopamina
A mulher cos Mariachi ♥♥



Buguei










* Para saber mais sobre a história da Independência Mexicana, consulte
http://www.donquijote.org/cultura/mexico/historia/independencia