sábado, 28 de fevereiro de 2015

- La Era Del Rock (Rock Of Ages) I -

Continuando a falar dos rolês, no dia 24 de Outubro estreava no Teatro Centro Cultural Telmex o musical "La Era Del Rock", versão teatral do filme Rock Of Ages.
Eu como boa fã da Dulce, comprei ingresso pra ir na estreia, na terceira fila. (Essas são as vantagens de ir sozinha nos rolês, sempre vai ter um lugar sozinho sobrando lá na frente).
Na verdade eu não ia na estreia, porque dia 24 era uma sexta-feira que eu teria prova de Desarrollo de Medicamentos, a prova terminaria às 19:00 e a obra começaria às 20:30. Mas eu sou ninja. E quem comprasse ingresso pra estreia ganharia passe ao backstage, então é óbvio que eu não ia perder de ver minha pata preferida de perto outra vez.

A prova foi horrível, estava dificílima e com conteúdo que o professor deu em uma aula de reposição que eu nem soube que ia ter (comunicação em sala de aula é tão ruim quanto aqui). Só consegui fazer a cruzadinha do começo, ainda faltando uma pergunta (era tipo qual é a família química de tal molécula? eu hein), deixei duas em branco porque realmente não fazia ideia do que o cara tava falando e bom, entreguei com aquela vergonha né. Geral da sala colando assim descaradamente, e nós três "de intercambio" só trocando olhares, mas sem coragem de colar hahahaha.

Ok, saí voando da facul, fui pra casa com é claro o Metrobus parando em todos os semáforos possíveis. Cheguei em casa e enquanto esquentava água pra fazer um miojão, tomei banho. Engoli o macarrão quente mesmo, me maquiei em 5 minutos mas ainda assim daí de casa umas 20:10.
Achei que fosse chegar atrasada e perder a peça, então corri como looooooooouca no metrô.
É que esse Teatro fica na estação Cuauhtémoc, da linha rosa, então eu tive que fazer baldeação na estação Balderas e, apesar de não ser a maior baldeação lá, tem uma puta escada que subir, então imaginem a cena da minha pessoa de vestido e sapatilha correndo no metrô. É.

Incrivelmente cheguei lá no teatro às 20:20, suando, morrrrrrrta.
Mas compensou. No hall de entrada do Teatro um ambiente decorado à la Anos 80, com vendedores de camiseta super descolados, um bar, letreiros de neon recriando ícones da época, e mais ao fundo um palco com uma banda de tipo punk trash ou sei lá o que tocando. Geral de preto, jaquetas de couro e muita, muita gente bonita. Tinha uma moto estilo Harley Davidson onde você podia tirar foto. Mano, muito louco. Naquele momento eu queria que alguém estivesse comigo, pra compartilhar o quão incrível aquilo tudo era, mas eu estava sozinha e isso não me impediu de aproveitar.
No Twitter, a conta do musical tinha pedido pra galera tirar do armário seu look mais roqueiro e tals e todo mundo levou a sério. Tava tudo muito louco.






Entrei e a sala do teatro também estava decorada com os letreiros em neon, com o logo da peça gigante no palco, que tinha uma passarela em forma de braço de guitarra. achei meu lugar lindo na cara do palco e sentei esperando a obra começar. Aos poucos a galera começou a entrar e a sala ficou lotada.





A obra começou e, apesar de ser a mesma história do filme Rock Of Ages (hollywoodiano mas com o mexicano lindeza ex-rebelde do Diego Boneta), não vou entrar em detalhes porque ao que parece em Abril vão trazer a peça pro Brasil e não quero ser estraga surpresa.
O que posso dizer é que é in-crí-vel! Muito muito boa e não só porque a Dulce participa, senão porque toda a produção, os esforços dos atores, as performances, tudo é muito bom!
Sou suspeita também porque amo musicais, mas acho que até quem não curte muito gostaria se assistisse.

SPOILER: Com direito a todo mundo levantar e cantar e pular com Don't Stop Believing no final, como se fosse um show mesmo.

Ao final, tudo lindo, o diretor Gerardo Ortiz agradecendo aos atores e, na hora da Dulce, todos os que estavam lá por ela fizemos coro de "Dulce! Dulce! Dulce!". A patinha começou a chorar, foi tão bonito :')
Ah é, nem tinha falado mas a tia Blanca tava lá no assento VIP, toda hora virava pra conversar com a galera do fã clube da Dulce que tava lá (os mesmos que organizaram a convivência que eu fui).





Beleza, acabou a peça e a orientação que nos deram era de irmos para uma salinha "vip" ao lado do hall de entrada, onde nos organizariam pra passar ao backstage.
Fui lá com o papelzinho que me deram na entrada, me posicionaram na fila e esperamos. Esperamos. Esperamos um pouco mais e grupos de 5 em 5 começaram a passar.
Eu achei que fosse com todos os atores e tals né, mas pelo que eu vi era só com a Dulce (se teve com mais algum eu nem fiquei sabendo).

Foi minha hora de entrar e (in)felizmente caí no mesmo grupo que a menina do FC lá. Não que eu tenha algo contra ela, mas era óbvio que ela e o povo do fc iriam monopolizar a Dulce.
O que de fato ocorreu. Ficaram o tempo todo falando com ela enquanto os caras do teatro apressavam a gente e ninguém me deixava falar. Até que olhei bem pra Dulce e falei kirida n sou obrigada fiz menção de que ia falar, e é claro que a fia do fc me interrompeu. Mas nessa hora a Dulce agarrou meu braço tipo "peraí que a gente já conversa" e enquanto dava um sorriso amarelo pra fia do fc e ouvia o que ela tava falando, continuou agarrada no meu braço, tipo não me deixando ir mesmo.
Aí quando a fia parou de falar ela deu o maior sorrizão pra mim e disse "ahora sí!" e eu bem tonta só disse aquelas babosadas de "estuviste increíble, muchas felicidades, ya quiero venir otra vez, felicidades" etc etc etc e ela toda fofa agradeceu e me deu um abraço.
Na hora da foto acabei ficando longe dela :( mas tudo bem, o melhor daquilo tudo tinha sido a atenção dela comigo, porque na carinha dela dava pra ver que ela tinha me reconhecido do dia da convivência ♥



Saí de lá e vi que os atores da peça estavam todos espalhados no hall, mas como já tinha passado da meia noite, fiquei mais preocupada que não teria como voltar pra casa.
Saí e não achei nenhum ponto de táxi perto dali, então entre no teatro de novo e perguntei pro guardinha se ele sabia de algum ponto. Ele disse que por ali não tinha mesmo, mas que tinha o número de um. Pedi pra ele ligar porque eu realmente não consigo falar ao telefone e muito menos em espanhol, ele pediu o táxi e me disse o número do carro. Agradeci imensamente mas resolvi esperar lá dentro um pouco.

Enquanto esperava acabei encontrando o Pato Borghetti (Prof Madariaga de Rebelde, lembra? Gente ele era minha paixão na novela, que Diego e Miguel que nada, eu gostava mesmo era do Madariaga!). Eu queria ter encontrado com ele, procurei e tals mas preferi ir atrás de transporte hahaha. Daí só sei que vi ele andando todo pirilampo e pedi pra tirar uma foto, falei que ele tinha sido um ótimo StaceeJaxx, falei que era do Brasil e que tinha achado uma pena não tê-lo visto aqui quando ele veio. Ele agradeceu mas fez meio que pouco caso (foi "mamón", mas solícito), tentamos umas 6 vezes tirar uma selfie que não saiu porque meu cel não tem câmera frontal, até que um moço decidiu ajudar e tirou a foto pra gente hahaha Ele agradeceu, eu agradeci e fui atrás do meu táxi toda feliz.





A sorte é que mesmo que já estivesse tarde, tinha muita gente esperando táxi na saída do teatro. Então fiquei lá esperando, esperei bastante até que resolvi entrar no táxi de um velhinho que estava lá parado. Ele perguntou se eu que tinha pedido pelo policial e falei que sim, aí ele me deu uma bronca porque eu deixei ele esperando. Mas tipo né gente, ele que tinha a descrição da minha roupa e não chegou perto, tava na outra esquina, tenha dó né.
Pelo menos cobrou barato a corrida, dei um plus pra ele não encher mais o saco e cheguei em casa felizona.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

- Concierto EXA -

Pra que dizer que não aproveitei os rolês se eu aproveitei sim?
No final de semana seguinte ao que fui ver o Mane no Mundo Rosa La Experiencia estava programado o Concierto Exa 2014.
Esses conciertos de rádios são muito comuns lá, e eu sempre acompanhava pelos streamings da vida direto do meu quarto, porque todo ano tinha ou Jesse & Joy, ou Reik, ou Dulce, ou Belinda, sempre algum artista que eu gosto. Já até perdi as contas dos que já acompanhei.
E este ano não seria diferente, estava re-che-a-do de artistas e bandas que eu curto e era óbvio que eu não queria perder, mas tinha um detalhezinho básico: eu não tinha ingresso!



Os ingressos são dados pela rádio em dinâmicas, e aquela semana foi a semana de eu ouvir Exa FM todo santo dia, em todos os horários (mesmo gostando mais da Radio Disney), de seguir todos os locutores no Twitter, de tweetar mais de mil vezes a hashtag que prometia dar ingresso (sim, pobres dos meus seguidores) e é claro, de não conseguir. É que o jeito mais fácil de conseguir ingresso de rádio assim é ligando (conheço as maracutaia, já ganhei coisa na Gazeta, 89, Mix...) mas eu não tinha número de telefone do México (AE) então não conseguia ligar e tentava ganhar pelas redes sociais.
Tweetei, tweetei e não consegui nada. Até amizade fiz com locutor, mas não ganhei ingresso.
Aí tive que apelar e procurar alguém que estivesse ilegalmente vendendo.

Uma menina da faculdade disse que uma amiga sua tava vendendo três, e então lá fomos nós morrer com trezentinhos pesos pra ir naquela bagaça. Altos julgamentos de "você gasta muito dinheiro com essas coisas" e uma única resposta: "o dinheiro é meu e eu gasto do jeito que achar melhor, obrigada". Enfim.

Compramos os ingressos, essa amiga, outra amiga e eu e fomos até o Foro Sol, debaixo de chuva no dia 19 de outubro de 2014.

Chegando lá na entrada, dei uma olhada nos ingressos das migas e adivinhem: elas estavam juntas, mas o meu assento era do outro lado da arquibancada, oeee. E eu sem celular.
Então uma delas deixou comigo o celular pra no final do show a gente se encontrar e voltarmos juntas... mas no meio do show ele bugou e desligou sozinho. E não ligava mais. Pensa no pânico vivido. Só porque eu inventei de tirar foto do Ricky Martin pra ela ter no celular :(

Opening: (revi e arrepiei)

Sobre o line-up:
- The Chainsmokers, Antonio Orozco, Sonus, Alexander Acha, Mc Davo a Malcom: completamente x. Acho que nesse Mc Davo o áudio bugou e ele parou de cantar. Foi a parte chata onde eu aproveitei pra me alimentar de Doritos.

- Moderatto: eu sempre quis ir num show deles! Gosto muito desses caras, são tipo Massacration numa versão um pouquinho mais séria, o Bryan (vocalista) tem uma energia incrível! Como a plateia "vip" era só gente que queria ver o Julion Alvarez, o povo tava tudo morto e só a gente que tava atrás e nas arquibancadas éramos os que gritavam/cantavam/pulavam. Aí ele disse que o povo da frente estava de hueva e se enfiou no meio da galera pra ir cantar pra quem estava atrás, que segundo ele era quem merecia o show. Terminaram a apresentação e ele ainda não tinha conseguido voltar pro palco.
https://www.youtube.com/watch?v=z9DB-n3Lvg0

Eu estava bem longe, mas dá pra ver o Bryan no telão hahaha

- Maite Perroni: diva, rainha das galáxias, foi a segunda artista que eu gosto que se apresentou. Cantou uma mísera música (Tú y Yo) e berrei como uma condenada, com minha bandeira do Brasil. Todos ao meu redor me olhavam com cara de WTF e eu bem nem aí. https://www.youtube.com/watch?v=G14JOv_Ag6c

- PXNDX: já tinha ouvido algo deles mas não me chamou muito a atenção, aproveitei essa hora pra ir ao banheiro e quando voltei a galera tava num frenesi louco surtando com o rock deles. É legalzinha. https://www.youtube.com/watch?v=V7e4cYU0Q64

- Drake Bell: sabia que era o carinha de um seriado da Disney e imaginei um Justin Bieber da vida. Me deparei com um cara muito f*da tocando Rock 'n Roll meio Rockabilly. Adorei. https://www.youtube.com/watch?v=e9NGp8iehI0

- Rio Roma: Mi Persona Favorita e Tan Solo Un Minuto: preciso dizer algo mais? Várias lembranças acompanhadas de lágrimas com essa segunda música citada. https://www.youtube.com/watch?v=0mMEoqTck60

- Aleks Syntek: tenho certa resistência com ele, não sei porque mas a cara dele não me dá buena espina. A surpresa foi que ouvi pela primeira vez Corazones Invencibles e chorei bastante. Sim, sou sensível e chorona, JUDGE ME! Também gostei bastante de uma música em cumbia que ele cantou, acho que era essa Tu Recuerdo Divinohttps://www.youtube.com/watch?v=r0pDykwPBkA

- Julión Álvarez (y su Norteña Banda): Te Hubieras Ido Antes, Y Fue Así, Maria. No más digo. Galera dançando alucicrazy. Sem dúvida uma das partes mais animadas do show. https://www.youtube.com/watch?v=xijZ1lGaX5Q

- Juanes: sem dúvida, um dos caras que eu mais queria ver. Chegou e pediu mil perdões porque tava com a garganta ferrada e não poderia nos dar suas melhores performances </3 Mas quem disse que alguém ficou parado com "La Luz" e "La Camisa Negra"? https://www.youtube.com/watch?v=vDCuGyMhuIE (pena que não achei mais vídeos :( )

- Luis Fonsi: a cara, Luis Fonsi... eu já tinha um amorzinho por esse porto-riquenho já faz tempo, e vê-lo ao vivo... berrar com toda a capacidade pulmonar "No Me Doy Por Vencido"... vocês não tem noção! ATENÇÃO! TEM MUITO AMOR ENVOLVIDO NO SEGUINTE VÍDEO: (colocar em HD)  https://www.youtube.com/watch?v=70E6PSl1iRM | https://www.youtube.com/watch?v=zfpWkXs9Uu4 | e nunca é demais ouvir (e ver esse monte de homi bão junto): https://www.youtube.com/watch?v=1Mb6KgfDxi0

- Camila: confesso que nunca gostei muito de Camila. Sempre achei que o Mario Domm cantasse gemendo demais... mas tem uma hora que a gente amadurece e suas músicas passam a fazer sentido... Alguma dúvida de que chorei horrores enquanto berrava "Todo Cambió"? </3
Todo Cambió: https://www.youtube.com/watch?v=iwY8iIVcajY | Essa a qualidade tá de doer, mas tem Perdón: https://www.youtube.com/watch?v=pTJt1UyPr-4 | Decidiste Dejarme: https://www.youtube.com/watch?v=SoSYIQSn1Bc

- E por fim e obviamente o melhor, da noite, da vida: RICKY MARTIN: confesso que nunca pensei que veria esse cara ao vivo e, apesar de não ter visto muito por causa da distância [já estou usando óculos, obrigada] foi um dos melhores shows que já fui. Sempre digo isso, mas sério gente, não é à toa que ele chegou onde chegou. Energia, emoção, carisma, simpatia, voz, dança, e nem todas essas palavras descrevem. Rei do mundo ♥ (vídeo de Living La Vida Loca feat. eu gritando literalmente como loca https://www.facebook.com/video.php?v=10152726369156855&set=vb.801581854&type=3&theater )
Apresentação completa, acho: https://www.youtube.com/watch?v=M5cxBxbMZFs | Adiós ♥ https://www.youtube.com/watch?v=ovKg03LPUPE


Então foi isso: 5 horas de show, debaixo de garoa, sozinha e surtando como uma louca, com o "dane-se" bem ligado pra todo mundo que me olhava torto quando eu gritava hahahaha.
Fiquei mega longe e por isso nenhuma foto saiu boa, praticamente, e gravei um vídeo cantando Living La Vida Loca hahahaha que não dá pra ver/ouvir nada além de gritos.

Na saída fiquei esperando minhas amigas no portão por onde elas entraram e milagrosamente nos encontramos, porque 0 chance de conseguir fazer uma ligação.
O celular ligou após ser carregado.

Valeu a pena e eu iria/faria tudo o que eu fiz de novo.
São essas coisas que me fazem feliz.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

- Conhecendo Mane de la Parra; Mundo Rosa -

"Hay soñar siempre, hay que luchar por la esperanza del corazón"

Olha, se teve uma coisa que eu fiz nesses meus 5 meses no México foi aproveitar as oportunidades de estar com meus artistas preferidos que com certeza no Brasil não haveria chance (ex RBD por estar cheio de gente atrás, e artistas que não são nada conhecidos aqui, como Mane...)

Mas, quem é Mane de la Parra?
Manelick de la Parra é um ator e cantor mexicano. Participou de diversas novelas, como Verano de Amor, Cachito de Cielo, Corona de Lagrimas e La Malquerida. Sempre termina sendo filho da Victoria Ruffo hahahaha. Também é ex-namorado da Maite Perroni.
No cinema estrelou a produção El Cielo En Tu Mirada, ao lado de Jaime Camil e uma moça aí. Filme muito bom, por sinal, recomendo.

Eu conheci o trabalho do Mane lá em Verano de Amor, que assisti por causa da Dulce Maria, mas nem terminei... E gostei dele mais como cantor que como ator. Ele tem uma musica com ritmo gostosinho, e uma voz suave bem legal. Apaixonei na voz e nele. ♥ Depois que o vi em El Cielo En Tu Mirada junto do meu amor maior Jaime Camil, aí não deu pra não amar ainda mais né.



Confesso que quando soube que ele e a Maite tavam de namorico, fiquei muito feliz. Gosto muito dos dois e tenho certeza de que ele é um amor de pessoa. Só porque eu shippei os dois, um tempo depois eles terminaram. E ele continuava apaixonado por ela </3 Rolam boatos de que eles até iam casar, mas ele era muito ciumento em relação a ela e o William Levy (até eu né) e terminaram. Maior bafo, ela deixou de seguir ele no Twitter mas ele não fez o mesmo, e vira e mexe mandava pra ela uns tweets desejando sorte, etc. e tal. Quisera eu um Mane desse pra mim.

Cara, eu amo o Twitter!!!
Então um dia aí estava eu no facebook quando vi um anúncio da página dele falando que ele esperava os fãs no DF. Enlouqueci! hahaha Mandei num comentário a pergunta de onde e o que seria e uma menina de respondeu que ele estaria no evento Mundo Rosa La Experiencia. Daí lá fui eu procurar o que era e basicamente Mundo Rosa é um blog que fala de "moda, saúde e beleza", escrito pela modelo Olivia Peralta e pela ex-Jeans Angie Taddei (isso mesmo, daquele grupo lá que a Dulce fez parte há muito tempo atrás).

Ah bueno, era um evento de moda, pago, cheio de atividades como talleres de cocina yucateca, massagens não sei o que, exposição de roupas e acessórios e desfiles de moda. Tudo o que eu jamais na minha vida tive interesse. Mas sei lá né, ia ter o showcase do Mane, e eu queria muito vê-lo. E era um evento pequeno, então eu teria mais chances de vê-lo de perto. Fiz as contas e vi que 300 pesos davam pra ser gastos com isso. Mas aí vi que no twitter do Mundo Rosa tinha uma promoção, era só mandar uma foto sua em um ponto turístico do México (que não fosse repetido de outra pessoa) e as 25 ou 35 primeiras pessoas que mandassem com a hashtag #LiveItToBelieveIt ou #ViveloParaCreerlo (campanha de turismo do governo) ganhavam entradas para os dois dias de evento. Mandei minha linda foto em Teotihuacán e claro, ganhei as entradas.

Mas eu só tinha ganhado uma entrada pra cada dia. E ninguém quis pagar pra ir comigo. Obviamente eu não me deteria por isso, e resolvi ir sozinha.

Acontece que o evento seria no Expo Bancomer, lá na puta que pariu em Santa Fe. Esse lindo e desenvolvido lugar fica em Cuajimalpa, quase quase carretera México-Toluca, ou seja, longe.
E sem metro por perto. 
Daí procurei e procurei na Internet até que achei no site da Expo Bancomer uma tabela com o transporte que me deixaria lá. Segui as indicações, fui até a estação de metro Tacubaya e de lá deveria pegar um ônibus RTP que me deixaria na porta, mas nãaaaao! A anta aqui pegou um microbus que supostamente me deixaria perto. O dito microbrus em vez de fazer o caminho "reto", entrou no pueblo de Santa Fe, um lugar um tanto quanto feio. E eu não sou frescurenta não viu gente, porque o bairro onde eu sempre morei em São Paulo é igualzinho. Aliás, passei olhando o caminho e se não lesse as placas em espanhol, eu teria certeza de que estava no meu Jaraguá, em SP. Mas considerando-se que eu não estava no Jaraguá, e sim em um microbus, num lugar feio, com cara de estrangeira e muito bem vestida e maquiada (uma vez na vida a gente tem que se arrumar né) me deu um pouco de medo estar lá sozinha. 
Passou-se uma hora e meia e eu ainda não tinha chegado. Com medo de ter perdido o ponto, pedi pro motorista me avisar onde tinha que descer, mais meia hora de caminho e cheguei. No meio do nada, literalmente, e tinha que atravessar uma bela de uma avenida pra chegar na entrada da Expo.

Só pra dar uma noção do quão não-se-pode-chegar-sem-carro é o lugar

Cheguei, na entrada retirei minhas pulseiras e adentrei ao evento. Flopado é o neologismo que o descreve. NÃO TINHA NINGUÉM! Juro por Deus, tinha umas 5 pessoas lá!!! Logo na entrada tinha um tanque de areia gigante com cadeiras de praia e um letreiro que dizia "MÉXICO" bem grande, uma publicidade e incentivo para os viajantes conhecerem o litoral. Tinha vários stands, um de venda de bolsas, um da Nivea (onde a moça me deu 3 daqueles brilhos labiais gostosinhos), um da Locatel onde eu girei a roda da fortuna o peão da casa própria e ao invés de ganhar um playstation do Yudi ganhei um óculos de sol estilo ray ban, bem legal por sinal.
Depois de rodar pelo evento, comer, dançar com a campanha da coca-cola, fui ficando ansiosa porque o Mane se apresentaria às 19:00 e essa hora não chegava.

O evento era mais ou menos assim

E então me veio a luz: vi umas meninas com a camiseta do fc Angelitas de Mane de la Parra. Dei migué e fui pra perto delas, até que elas se sentaram pra ver o taller de cocina yucateca e eu sentei logo atrás. Quando elas começaram a conversar, eu engoli toda a timidez enorme que eu tenho eu fui falar com elas. Joguei um "hola niñas, me puedo quedar con ustedes acá? es que vine a ver a Mane, pero soy de Brasil y estoy sola..." fica a dica: fala que vc é do Brasil e vão te amar (depois é claro de te zuarem pelo 7x1 na Copa).
Elas me receberam super bem e ficamos conversando, até que quando foi dando a hora nos aproximamos da "grade" perto do palco, pra guardar lugar.

Entre conversas, trocas de twitters, fotos com artistas, e atraso de 1 hora, a Marisol, presidente do club, foi falar com a organizadora do evento e voltou com a notícia de que se ficássemos até o final, o Mane nos receberia. Aquilo era muito pra mim, nunca imaginei que o veria em show, muito menos que o conheceria!

O show foi incrível! Rapidinho como showcase, mas mano, teve uma música que ele DESCEU PRA CUMPRIMENTAR A GENTE, no meio do show, enquanto cantava. Juro, foi lindo demais. Lágrimas rolaram ali fácil, como sempre.

Na última música o Mane pediu pra quem quisesse ficar, que ficasse porque a gravadora mandou revistas-discos pra todos, e ele iria autografar pra geral. Nesse momento nos sentimos não-tão-especiais, porque ele não ia falar exclusivamente com a gente, mas dane-se, ia falar hahaha
A organizadora bem estressadinha mandou a gente esperar e ficar por último, pra ele nos dar "atenção especial" e enquanto ele autografava e tirava foto com umas 200 pessoas, nós ficamos gritando "porras" (torcidas) pra ele, e ele ria...

Acabou a galera e foi a nossa vez... ai meu coração palpita só de lembrar. Gente, nunca conheci um cara tão fofo quanto ele. Sério, e não só por como ele nos atendeu, mas como ele é com todo mundo! Um amor!! 
As meninas me deixaram em segundo lugar, porque a que foi em primeiro e eu nunca o tínhamos visto, e as outras já. Então na minha vez eu disse que era do Brasil, que há um bom tempo gostava do trabalho dele, e que ele tinha me feito muito feliz com o "besos" que tinha me mandado no Twitter uns meses antes. Ele foi todo fofo, agradeceu e perguntou se estava certo o jeito como escreveu "beijos" com um cara zuando ele tentando soletrar, e eu toda derretida... Ele autografou meu cd e minha bandeira, com um sorriso lindo no rosto.

A vaca organizadora ficou enchendo o saco com o negócio de tirarmos fotos com nossas câmeras e só deixou que o fotógrafo do evento tirasse nossa foto. Resultado: não tenho essa foto e nunca mais a terei, porque não a publicaram no site e disseram que todas as que tinham já tinham sido publicadas. A messsssssma coisa com a minha foto "profissional" com o Jaime Camil, que nunca foi publicada, mas nesse dia eu tirei com o meu celular também, ainda bem!

Quando todas as meninas passaram, tiramos uma foto grupal com as moças do Mundo Rosa e o Mane, aí na hora da foto uma delas (não sei quem pra ser sincera) gritou "PONTE A MI LADITO BRASILEÑAAA WOOHOOOL SAMBAAA" (???)

Depois disso já eram 10 da noite e eu estava na ponte que partiu, sem saber como voltar pra casa!
Uma das meninas do club ia pra Tacubaya também, então lá fomos nós com mais outras 2 pro ponto de ônibus... quando, é claro, começa a chover.
Eu: sem guarda-chuva, sem casaco, de camisa branca, molhada. Uma delícia!
Corremos como loucos e ficamos uns 15 min. debaixo de um ponto de ônibus, até ver o nosso almejado RTP passando láááá longe... obviamente estávamos no ponto errado.

Parou de chover, fomos pro ponto certo e depois de 2 horas eu chegava em casa: molhada, com a camisa mega transparente, cansada porém muito muito feliz!

Eu ainda tinha a pulseira pro segundo dia do evento, mas como aquele não era meu ambiente e tinha outros planos, deixei-a guardadinha bem bonitinha, não sem antes ter oferecido pra geral e ninguém ter aceitado.




Minha carinha de apaixonada, olhem minha distância dele!!! hahahaha

Nossa única foto "juntos" :(

Com as moças do Mundo Rosa ;)
As meninas do club ♥

É muito amor

Les mando saludos y un agradecimiento especial a Marisol y a Kary, dueñas del Angelitas de Mane y que tanto me ayudaron aquel dia! Muchas gracias niñas!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

- Conhecendo Alfonso Poncho Herrera -

Desde que cheguei no México, ou melhor, depois da minha tentativa de adaptação ao cotidiano lá, passei a monitorar meus artistas favoritos pelas redes sociais, pra ver se dava pra ver um ou outro (afinal lá era mais fácil vê-los do que aqui hue) e incrivelmente isso não afetou em nada as minhas notas.

Um belo dia um amigo e eu estávamos stalkeando o Poncho (Miguel de Rebelde, ex-RBD) e vimos que ele tinha feito check-in no Twitter em um estabelecimento. Óbvio que fomos procurar o que era e onde era e descobrimos que era a academia onde ele treina cross fit. Que por incrível que pareça fica perto de onde eu morava. Tipo muito perto.

Adivinhem o que fizemos. Isso mesmo, monitoramos uma semana os horários em que ele fazia check in nesse lugar até que tiramos um dia pra ir lá, pedir uma informação né, afinal somos super esportivos, só que não...

Chegamos na academia e eu na verdade queria ficar esperando perto da entrada, porque chegamos na hora da saída do último treino, mas meu amigo decidiu que tínhamos que subir, dar migué e perguntar preços etc. Fizemos isso e enquanto falávamos com o moço (eu super queria treinar cross fit gente) o pessoal que estava treinando foi saindo até que não restou mais ninguém além de nós. O moço nos ofereceu duas aulas teste grátis e meu amigo queria porque queria ir. Mas nem a pau, imagina eu lá levantando pneu com o Poncho do meu lado? Nem morta.

Larguei de mão dessa ideia e só umas duas vezes passei lá perto mas não deu em nada. A verdade é que eu nem sou muito fã do Poncho não. O caso é que a minha melhor amiga, Rafaela, era muito mas assim muito apaixonada por ele, e um dia eu lhe prometi que ele saberia dela (pra quem não leu os primeiros posts, ela era minha parceira de sonho mexicano e melhor amiga e faleceu em 2011, mas não deixa de ser parte importante da minha vida e por isso gosto sempre de lembrá-la).

Então um dia vi no Twitter que ele iria comentar um documentário do Greenpeace ou algo do tipo mas nem dei a mínima importância. Mas meu amigo, que sabia que eu tinha essa promessa a cumprir, prestou atenção e viu que seria uma sessão de cinema com o documentário, onde o Poncho estaria participando de um debate, e que era aberto ao público, em uma sala de cinema no Paseo de la Reforma.

Essa chance eu não poderia deixar escapar, então nos arriscamos e fomos. Quando chegamos na porta da galeria onde estava a sala de cinema nos demos conta de que haviam muitos velhinhos pra ver outro filme, mas nós não sabíamos como se chamava o documentário do greenpeace hahaha. Uma mulher veio perguntar se a gente tinha ido ver um documentário de guerra ou algo assim e dissemos que não e aproveitamos pra perguntar o nome do tal documentário, que brecha!!

Chegaram umas poucas pessoas, abriram a galeria, entramos na sala de cinema que foi povoada por umas 15 pessoas: 10 estavam ali pelo Poncho, 5 pela causa. Decidi sentar bem na frente, porque de frente aos assentos da sala havia uma mesa com três cadeiras onde obviamente seria o debate. Então estávamos lá conversando e meu amigo diz "ya llegó Poncho" Como sempre rola um bullying entre nós, pensei que fosse zuera até olhar pro lado e ver aquele homem maravilhoso entrando na sala. É, eu não me considero sua fã número um, mas em nome de todo o vivido com o RBD, meu coração disparou e comecei a suar frio. Meu amigo sacou que o Poncho ia sentar mais pra cima e se levantou. Eu entrei em pânico, não queria dar brecha de que estava lá por causa dele, pelo menos não antes de ver o documentário e falar com ele, mas ainda assim meu amigo me puxou pelo braço e fomos pra fileira de cima, onde o dito cujo tinha se sentado. Então ficamos: meu amigo, eu, uma poltrona vazia e o Poncho. Aquilo era surreal, velho.

Meu amigo toda hora me dizia "mira hacia tu derecha" pra eu ver o Poncho a meio metro de mim, mas não tinha coragem! Sou ridícula nessas situações, ya lo saben. Então chegou uma moça do Greenpeace e se sentou entre nós dois. Começou o documentário (muito foda, cabe falar dele depois), parecia que não ia acabar nunca, eu morrendo de fome e sono, acabou o documentário e fizeram o debatezinho.

Casual pegando um cinema com o Poncho

Ao terminar o documentário e do debate, o Poncho ficou lá de boas conversando com o povo do Greenpeace e esperei até ele ficar forever alone (não tanto porque a mina que sentou entre nós estava meio que do lado dele) e fui falar com ele. Determinada a falar tudo o que tinha ensaiado na cabeça e a não chorar, fui e ficamos frente a frente. Tentei agir naturalmente com um "Hola Poncho" e, acostumada com os meet and greet da vida que não dá tempo nem de falar oi, me espantei quando ele me cumprimentou perguntando meu nome. Primeiro pedi desculpas, tanto a ele quanto à moça do Greenpeace que estava lá, porque aquela não era nem a hora e nem o lugar pra dar uma de fã louca, mas eu não podia desperdiçar a oportunidade. Então ao contar o porquê de eu estar lá, não aguentei e comecei a chorar. Poncho me abraçou e, cá entre nós, ele é mega cheiroso, até eu me acalmar e quando parei de chorar, ele pegou minhas duas mãos e me deixou continuar. Entreguei-lhe um envelope com uma carta que contava toda a história da Rafa e ele disse que leria assim que chegasse em casa, dobrou com todo o cuidado e guardou no bolso da camisa.

Meu amigo que até então só assistia a cena o inútil nem pra tirar foto do momento novela mexicana nós dois de mãos dadas chega e fala "y ella es de Brasil, Poncho!" coisa que ele JAMAIS deveria ter dito, e eu já tinha avisado, que o Poncho tem uma relação de amor e ódio por nós fãs brasileiros hahaha então o bullying continuou com a resposta do Poncho "sí, ya lo había notado. No tanto por el acento, pero sí por las lágrimas" Veja se pode, onde já se viu! Não chorei por estar ali com ele, chorei porque até hoje sofro com a ausência da minha amiga. Ridículo. Até a moça lá deu risada.
Pedi desculpas uma vez mais, me despedi dele e da moça, dei outro abraço naquele homem gostoso
e saímos da sala.

Fomos ao banheiro porque eu tava morrrrrrta de vontade de fazer xixi, e quando já estava secando as mãos ouvi um "Ah sí, hay que aprovechar los servicios que nos ofrecen ja ja ja" na voz do Poncho. Saí e estava meu amigo na porta do banheiro masculino com uma cara de WTF e me diz "no te la vas a creer! me metí al baño y Poncho también se metió en seguida, y me saludó" uheueheu daí nos demos conta que eu nem tinha tirado uma foto decente com ele né, então voltamos pra porta da sala e esperamos, ele estava dando uma entrevista.

Terminada a entrevista, as outras minas que estavam lá por causa dele se aproximaram e eu meio que desisti da foto. Tava morrendo de vergonha por causa do meu chororô e do bullying, mas meu amigo chegou perto dele e perguntou se eu poderia tirar uma foto, e ele todo lindo e maravilhoso sorriu e disse "claaaaaaro".

Saí de lá tão feliz, tão realizada, tão satisfeita de ter cumprido uma promessa que demorou 3 anos pra ser cumprida. Não sei se o Poncho leu a carta, mas sei que ele me ouviu. Ele ouviu o nome da Rafa e ouviu sobre o amor dela incondicional por ele. Saí de lá me sentindo completa, e com a certeza de que o meu anjinho deveria estar radiante lá no céu.

Essa história é muito pessoal e não sei nem se é correto contar, tampouco me vanglorio de ter feito isso, mas como estou compartilhando praticamente tudo do que vivi lá, não acho que deveria ficar de fora meu encontro com um ex-RBD e um momento tão importante pra mim, sei lá.





Eu precisava aproveitar e fazer publicidade do filme The Book Of Life, que tem a música "Live Life" de Jesse & Joy na trilha sonora hue
Esse post, esse dia, esse acontecimento, eu agradeço a Deus e dedico tudo isso à Rafaela.
Amiga, você sabe tudo o que sentimos nesse dia. Você acompanhou tudo isso e tenho certeza de que teve mãozinha sua aí nessa história pra ter dado tudo certo. Só quero que saiba que você faz muita, muita falta pra essa sua irmãzinha de consideração que te ama muito. Saudades.

"Tanta alegría daba verte. Quererte no se olvida, aún me llueven lágrimas. Sé que tus alas se quedan conmigo, que desde el cielo tu abrazo es mi abrigo, ángel divino me cuidas del mal. Sé que camino con tu compañía, que con tu voz se me encienden los dias y aunque tu puerta hoy esté más allá... te puedo escuchar!" <3

domingo, 1 de fevereiro de 2015

- Cotidianidades -



Toda a hora meus amigos e principalmente meus familiares me perguntam o que é que eu gostei mais lá do México. Acho sempre muito difícil responder, porque o conjunto da obra superou todas as minhas expectativas, então geralmente eu digo as coisas que interessam às pessoas 'normais': custo de vida menor, pessoas mais "humanas", transporte público mil vezes melhor, essas coisas.

Quando eu estava lá, meu migo mexicano preferido sempre me perguntava se eu não estranhava estar num país diferente, ouvindo um idioma diferente, com o biotipo das pessoas diferente e eu sempre respondia que não, sempre brincava que até quando tomava chuva na rua, podia dançar Singing In The Rain porque era feliz até passando frio. Posso ter sentido estranho no começo, mas depois de me acostumar tive pela primeira vez a sensação de estar em casa, de pertencer a algum lugar. E esse sentimento não surgiu do nada, senão das pequenas coisas cotidianas que depois de prestar atenção eu tive consciência.

Não é segredo pra ninguém que eu odeio Botucatu, a cidade onde eu moro no Brasil. Sou de São Paulo, amo São Paulo mas tive que ir pro interior pra estudar, afinal tudo tem seu preço. A verdade é que no começo eu até gostava de Btu, mas com o tempo, com as vezes em que fiquei das 6 às 9 da noite na faculdade esperando um onibus, as ladeiras gigantes que tenho que subir e descer pra ir pro centro da cidade, as vezes em que tenho que entrar em carros de estranhos pra poder chegar em casa (não sem antes fazer uma caminhada de meia hora do ponto de carona até meu lar) porque o sistema de caronas lá é mais eficiente que o transporte público, ou a simples falta do que fazer naquela cidade morta, tudo isso fez com que eu me sentisse cada vez mais desanimada e triste de morar lá. Não me identifico, não me sinto à vontade, não gosto.

Então fui ao México decidida a viver uma nova vida, mesmo que brevemente, a ser feliz onde eu sempre tive a certeza de que seria. De um tempo pra cá, ou para antes de eu viajar, meu coração palpitava cada vez que eu pensava nesse país, não sei como, nem de onde, mas dentro de mim reinava a certeza de que minha felicidade estava lá. E não foi diferente disso.

Cheguei lá e estranhei tudo. Apesar de ter sempre a companhia de um fiel amigo, estava praticamente sozinha, em um lugar desconhecido e sem a certeza de que as pessoas me entenderiam em alguma emergência que eu precisasse de ajuda.

Com o passar dos dias, com os outros intercambistas também perdidos, com minhas roomies (que eu só entendia 50% do que elas falavam por causa do sotaque colombiano hahaaha) fui ganhando confiança e em pouco tempo já dominava algumas linhas de metrô e metrobus.
Então comecei a prestar atenção... entrava no metrobus que me deixava na facul e sempre a tvzinha estava passando algum clipe, e sempre de música que eu gosto... um dia passaram amor a la mexicana, no outro te tuve y te perdí do Mane de la Parra, no outro Sino a Ti:


Eu passava pela velhinha da esquina que vende doces e ela me cumprimentava. Os seguranças da faculdade sorriam e davam boa tarde. Os moços do almacén (onde a gente pegava a vidraria pra usar no lab) os tiozinhos eram todos falantes e me perguntavam do Brasil.
Estar no Six Flags na época de Natal e que nos auto-falantes coloquem Campana Sobre Campana cantada pelo RBD, que apareça na tv o tempo todo algo sobre algum deles. Que nas rádios toquem músicas que eu gosto de verdade. Não sei se tudo isso parece superficial e, por exemplo, para minha mãe é tudo bobagem, mas esse era o tipo de coisa que me fazia feliz lá. Estar entediada em casa, ir até o metrô que fica na esquina e em uns 20 minutos estar em frente ao Ángel de la Independencia. Ou ao Palacio de Bellas Artes. Ou sentada no Zócalo fazendo absolutamente nada (ou vendo algum ritual azteca mucho loco sendo feito lá no meio). Esse tipo de coisa me fazia sentir viva, feliz, completa, "finalmente em casa", em um lugar onde mais ou menos eu era compreendida, pelo menos quanto aos meus gostos. Onde eu não estava sozinha e podia falar com qualquer um sobre como as músicas de Jesse & Joy são boas. Onde não preciso procurar streaming na Internet pra assistir ao Grammy Latino. Onde posso ir ao cinema ver o filme de atores que eu admiro.
E olha que muitas, muitas vezes eu dei esses rolês sozinha. Ia estudar no Bosque de Chapultepec acompanhada só de esquilos, ia comer churros em Coyoacán...

Bosque de Chapultepec = amor

Selfie no metrobus pode sim!

Utilizar meme da Carmelita Salinas e ser entendida pode também!

Em 20 anos no Brasil, fosse em São Paulo ou Botucatu, eu nunca na vida havia experimentado esse tipo de sensação. Nunca jamais em SP me aventurei assim, muito pela superproteção da minha mãe, mas também muito pelo comodismo de ir sempre nos mesmos lugares. Ou de não me arriscar a ir em algum lugar mais longe porque pra isso preciso tomar uns 2 ônibus e um metrô. Ou porque ir pra algum outro lugar diferente é mais caro e não cabe no orçamento. Sei que muito dessa sensação de 'felicidade' vem do fato de eu estar de intercâmbio, sem família, sozinha e "adulta", mas sei também que se fosse em outro país, talvez não tivesse a mesma magia...

Não sei se consigo me explicar como eu gostaria, mas sei que a resposta pra "o que você gostou mais no México?" é muito complexa e quase ninguém entenderia, mas disso os loucos sabem, só os loucos sabem...

FICA A DICA: Aos domingos, desde de manhã cedinho até às 14 hrs o Paseo de la Reforma fica com a circulação de carros interrompida, especialmente para o trânsito de bicicletas. É um projeto do governo do DF para incentivar o exercício físico de uma das populações mais obesas do mundo. Se você não tem uma bicicleta, não tem problema: o mesmo governo empresta bicicletas por duas horas pra você poder aproveitar o domingo e se exercitar sem nenhum custo e apresentando só um documento com foto. Completamente grátis e além disso, não só a Reforma fica fechada, mas também o trajeto que te deixa em Bellas Artes e no Zócalo. Você pode fazer um tour pelos principais postais da cidade de bike e de graça, além de ver a cena linda de uma avenida infestada de bicicletas de todos os tamanhos e tipos, crianças, famílias, esportistas, cachorros, skates, patins e inclusive pode chegar pras aulas de ginástica aeróbica gratuitas por ali também. Vale muito a pena, até para pessoas como eu que não sabia andar de bike direito (e depois fiquei batendo ponto de domingo lá) e pessoas pequenas (não sei o tamanho do aro, mas as bikes são tamanho único e grande, o que me machucou muitas vezes uheue)





quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

- De regreso a casa -





Depois de muito tempo desaparecida deste blog, AQUI TOY!
A verdade é que  meses no México não foram "fáceis": entre provas, relatórios, cursos online, seminários e mais seminários, projetos que não davam certo e documentações; entre ter que aproveitar ao máximo meus dias lá e conhecer o máximo de lugares possíveis em pouco tempo, e muitas doenças que me acometeram no último mês, não tive mais tempo de postar...

(In)felizmente já estou de volta ao Brasil, mas isso não quer dizer que abandonarei isso aqui. Muito pelo contrário, agora posso postar com mais calma sobre todas as minhas peripécias feitas naquele país lindo e maravilhoso e, por que não, todas os meus anseios pra voltar pra lá.

Dia 16 de Setembro, dia do grito da Independência Mexicana.
Que os mexicanos são um povo que luta pelo que é seu, isso ninguém tem dúvidas, mas depois de ir ao museu de Historia Nacional (lá no Castillo de Chapultepec) e além de aprender mais sobre a história, também ver obras que a retratavam, é verdade que eles ganharam muito mais o meu respeito.

Pra falar a verdade, eu não saberia contar-lhes em detalhes, porém após algumas pesquisas, basicamente:
"O Dia da Independência do México é comemorado em 16 de setembro, em comemoração ao histórico Grito de Dolores em 1810, quando o padre Miguel Hidalgo convocou seus paroquianos a ignorar a autoridade do Reino de Espanha e se juntar à rebelião para libertar a nação mexicana da tutela espanhola.
El Grito de Dolores representa o início formal da Guerra da Independência. A tradição diz que o padre Hidalgo usou a torre do sino da paróquia oriental reunindo uma multidão de vizinhos, e lhes ofereceu um discurso patriótico iluminado que respirava seus corações com a firme determinação de conquistar o direito de livrar-se do jugo espanhol."

El Grito de Dolores

Então, todos os anos no Zócalo Capitalino, junta-se uma multidão de gente para ver o Presidente dar  o "Grito da Independência" da sacada do Palacio Nacional, às 23:00 hrs. Poréeeeem antes disso, ou seja, durante toooooodo o dia, o Zócalo é palco de shows musicais, apresentações culturais, apresentadores de TV agitando a galera, etc etc. Obviamente eu não perderia esse dia (mais mexicano impossível), muito menos depois de descobrir que haveria shows da Belinda e dos meninos do Reik naquela tarde.

Eu com minha ânsia brasileira disse a um amigo que estaria lá às 9 da manhã, mesmo que os shows começassem às 15:00. Graças a Deus ele não me deixou fazer essa loucura hahaha chegamos lá às 14:30 e a "plancha" do Zócalo estava praticamente vazia! 
Eu mal podia acreditar que estava a umas 5 ou 6 fileiras de pessoas de distância do palco, onde em alguns minutos estariam meus meninos do Reik! Porque assim, Reik é amor ♥

Esperamos um pouco e no palco estava a Galilea Montijo, uma apresentadora da Televisa, agitando o pessoal. Já tinha conhecido ela na gravação do primeiro episódio do programa Va Por Ti, onde a Dulce María era coach, e ela me caiu super bem, achei ela bem fofinha.
Depois de algum tempo chamaram o Reik e o show começou... não posso descrever, foi o último show da Tour Peligro e foi SENSACIONAL.
Escutá-los ao vivo só comprovou o porque eu gosto deles, o Chui canta MUITO, e o Bibi e Julio tocam lindamente. Infelizmente na metade do show do áudio bugou, pra ser sincera não lembro em qual música, mas lembro bem que fizemos coro e cantamos acapella com o Chui.
Lembro que quando tocaram Sabes, a primeira música que conheci (lembro bem que minha amiga Rafa me mandou essa música por MSN - é, faz tempo - láááá em 2007 e eu me apaixonei, daí já viu) e que basicamente era a música que descrevia meus sentimentos naquele momento... também dei uma chorada marota quando tocaram Con La Cara En Alto porque né, só ler a letra que vcs me entenderão...
Gravei acho que o show inteiro, mas não postei no youtube por preguiça daquela bagaça demorar 1 ano pra subir um vídeo... fiquei com raiva porque tinha umas meninas mega posers que só estavam lá porque o show era grátis, conversavam o tempo inteiro, ficavam indo pra trás pisando em mim (linda com meus 1.53 m de altura), colocando o cabeção na minha frente... mas até que deu pra aproveitar e muito, já que nunca os tinha visto assim.

Depois de uma apresentação de "Stand up" do Omar Chaparro (meu amorzinho), subiu ao palco a rainha princesa do pop Belinda.
Nem preciso dizer que foi mais um sonho realizado né? Ela cantou músicas do Utopía, do Carpe Diem (DOPAMINA ♥♥♥) e até "El Baile Del Sapito" (caso não lembre de Cúmplices de um Resgate, vide aqui https://www.youtube.com/watch?v=pAfEEnXl1mg) e VELHO, nessa hora foi a SENSAÇÃO DA TARDE: tinha MUITO fã clube dela lá, então imagina, sei lá, umas 500 pessoas fazendo El Baile Del Sapito de coreografia... muito dahora!
A bixa lacra viu, levou os bailarinos, as fantasias e no final... mariachis!!
Sim, foi 'un chingo' de mariachis que subiram ao palco e tocaram a última música (que não lembro qual era hueheue) 
Acho digna a Belinda porque ela é mexicana de corazón que nem eu, cês sabem né que ela é espanhola. Mas se fez no México e não esconde seu amor por esse país.

Depois de gritar e perder 50% da capacidade pulmonar nesses dois shows, bateu aquela larica né, e a intenção nesse dia tão mexicano era comer, obviamente, alguma comida super mega típica mexicana. Eu estava com bicha de comer chiles en nogada, típicos dessa época, mas não tive a oportunidade. E aí fizemos a pior merda que poderíamos ter feito.
Saímos do Zócalo vazio em busca de alimento e fomos parar num KFC, extremamente perto dali. Terminamos comendo sanduíche de frango, e não demoramos nem 40 minutos nessa refeição. Saímos do KFC e já estava escuro e em frente do restaurante havia uma fila GIGANTE. Perguntamos de que era a fila e nos responderam que simplesmente era pra entrar no Zócalo.
OH DEUS, por que fomos sair dali? Íamos de uma entrada a outra (fecharam o acesso livre e colocaram entradas, cheias de policiais e detectores de metais, ninguém entraria ali sem ser revistado) e em todas havia a mesma situação: muita gente e polícia barrando a entrada.
Depois de uma hora nessa brincadeira de esperar na fila que não andava, resolvemos dar a volta e procurar por algum lugar que desse pra entrar, afinal já eram 21 horas e o grito seria em duas horas e naquele ritmo, nem entraríamos a tempo.
Chegamos em outra entrada, menos organizada, e fomos acompanhando a fila em direção à entrada, porque íamos perguntar pro policial se aquela entrada iria abrir... no caminho um poli disse METANSE EN LA FILA, FORMENSE POR FAVOR. Não precisou pedir duas vezes uai, o policial me mandou furar fila, eu furei! HEUHEUHEUEHUEH na marotagem e obedecendo ordem entramos na fila (cortamos, furamos, é) e entramos rapidinho no Zócalo.
Aí nos demos conta de algo: a galera tava empatando f@@#! Ficavam se aglomerando nas entradas mas lá no fundo tava uma maravilha: um monte de espaço, crianças bricando com balões, gente sentada assistindo ao show do Joan Sebastian (muito bom, por sinal). Na última música, Joan chamou a Belinda pra cantar com ele e ela chorou, foi tão bonitinho :')

Aí gastamos o tempo fazendo uma sessão de fotos em todas as poses possíveis, vestidos de mexicanos muy machos: com um sombrero gigante que dizia "Viva México!", bigodes e tinturas faciais nas cores verde, branca e vermelha. Além de estarmos os dois devidamente uniformizados com a camisa da Selección Mexicana de Fútbol. 

Quando deu 23:00 nos aproximamos da sacadinha do Palacio Nacional, de onde ia sair o Peña Nieto pra dar o grito (que não é o grito, é uma tocada de sino que nem o Miguel Hidalgo fez há uns aninhos atrás). Haviam grupos de pessoas com seus sombreros de charro, gente com sombrero tipo cowboy, de palha... não entendi se eram famílias ou grupo de partidos políticos, enfim, só sei que me deu medo quando os caras que estavam do meu lado começaram a gritar com um pouco de ódio "CULEROOO, CULEROOOO" (Desculpa mãe, mas a tradução seria CUZÃAO, CUZÃAO). Nos afastamos um pouco desses manos e ficamos vendo em um telão toooda a procissão do Peña Nieto dentro do palácio, até que ele saiu lá na sacadinha. Nenhuma foto que eu tirei ficou boa, mas enfim.
Ele foi lá, falou umas coisas que não deu pra ouvir, tocou e sino e uau!
Parecia que eu estava em um Reveillon em Copacabana (nunca fui mas já vi pela tv, me deixem).
Uma chuva de fogos de artifício, de todas as cores e tipos, a coisa mais linda. Mas lindo mesmo foi quando saíram em sequência fogos verdes, brancos e vermelhos, iluminando toda a Catedral Metropolitana. Chorei porque né, sou eu.

Depois dos fogos foi uma MARATONA para pegar o último metrô.
Fiquei morrendo de dó porque enquanto saíamos do Zócalo, já que as entradas estavam abertas, quem tava fora começou a entrar em busca de algo que ver, mas o único que havia lá era o palco vazio e o Palácio iluminado nas três cores da bandeira.
Varredores passavam com suas vassouras de Bruxa do 71 na rua e um mano gritou 'NO SABÍA QUE HOY ERA LA CONVENCIÓN DE LAS BRUJAS!' Todos riram, inclusive os varredores. Tava bizarro mesmo.
Começamos a correr porque já era 10 pra meia noite e o último metrô saía exatamente às 00:00. Cabe mencionar que as estações Zócalo e Bellas Artes estavam fechadas, então tivemos que correr pra mais próxima, que no caso era Pino Suárez. Só que saporra tava longe bagarai, então corremos como loucos, e nos perdemos, e não achávamos o diacho da estação. Corremos, corremos, corremos mais um pouco até que achamos a entrada da estação, e por fim pegamos o último metrô com destino à felicidade sqn bem lindos: suados, cansados, mortos, devastados, com um sombrero de palha gigante, uniformizados, com a cara pintada... enfim, lyndos.

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No dia seguinte houve o desfile militar, que eu não tive a mínima vontade de ir, porque começava às 4 da manhã...
Segundo boatos haveria desfile aéreo, mas o tempo tava ruim e feio pra caramba... de qualquer forma meu amigo e eu subimos em uma passarela de travessia de pedestres e ficamos lá esperando. Escutávamos barulho de avião, mas não víamos nenhum, ora pois. Desistimos porque nos tinham convidado pra tomar café da manhã e fomos caminhando ao nosso destino, até que magicamente ouvimos um barulho de avião e ao olhar pro céu eu vi a coisa mais legal do mundo: uma esquadrilha fazendo figuras geométricas no céu. Foi muito muito louco. Sempre gostei desses bang de aeronáutica por causa do meu avô, que não cheguei a conhecer mas sempre admirei, que era controlador de vôo.
Reik ♥
Reik cantando "Creo En Ti"
Bônus: CONHECI O CHUI NAVARRO!!! No dia em que fomos levar um amigo argentino ao aeroporto, topei (literalmente) com ele, e apesar de não querer atrapalhá-lo porque notava-se que ele tava perdido e com pressa, meus amigos meio que me obrigaram a ir, aí quando disse que era o Brasil e que aqui tinha muita gente que gostava de Reik, ele foi super fofo e soltou um "aaaww, gracias, que linda!!" E eu que achava que ele era super mamón, engoli minhas palavras porque ele foi um balde de humildade e simpatia comigo. TE AMO CHUI ♥
Belinda e seus homi
Muitas dorgas na apresentação de Dopamina
A mulher cos Mariachi ♥♥



Buguei










* Para saber mais sobre a história da Independência Mexicana, consulte
http://www.donquijote.org/cultura/mexico/historia/independencia

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

- Conhecendo Dulce Maria -

O dia 29 foi O DIA VINTE E NOVE. Um dos melhores dias da minha vida, sem dúvida alguma.
Explico: durante essa semana estive stalkeando meus artistas mexicanos favoritos, pra ver se algum deles por casualidade andava por aqui... e numa dessas, descobri que o fã clube Estrella Con Luz Propia, da Dulce Maria, ia fazer uma convivência com ela na sexta-feira, 29. Cobravam 500 pesos (~85 reais) e o dinheiro arrecadado seria doado pro Teleton. Não pensei 2 vezes: com esse dinheiro não se compra nem um ingresso de pista pro show da Maria, era a oportunidade que eu precisava.
Passei no banco, depositei o dinheiro, mandei o comprovante pra menina e fiquei na torcida pra dar tudo certo. Se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é a não me iludir. Torço sim pra tudo dar certo, mas se eu me iludo e as coisas não acontecem como eu quero, eu fico mal. Então torcida sim, ilusão não.
A convivência estava marcada pras 10 da manhã em um restaurante em Santa Fé. Ni puta idea Nem ideia de onde ficava isso. Marcamos um ponto de encontro em uma Sanborns perto do restaurante, e lá fui eu bem turista com meu mapinha das linhas de Metrobús achar a bendita estação que ficava perto.
Até que não foi muito rolê, fiz um "transbordo" (que tive que pagar 2 passagens, achei errado) na estação Nuevo Leon, BELEZA. Saí de casa às 8:00, cheguei lá às 8:50. Fiquei enrolando na estação até dar 9:30 e quando deu essa hora fui lá pra porta da Sanborns, onde tínhamos marcado todo mundo de se encontrar. Não tinha ninguém, fiquei lá... cri cri cri... aí foi chegando uma galerinha mas nada da moça do club... perguntei pra uma menina se ela tb estava lá pela cvv e ela me disse que sim, então chegou a moça do club e nos mandou fazer uma fila na ordem que havíamos chegado. Como fui a primeira a chegar, fui a primeira da fila... e sentei na primeira fila no restaurante hihihi. Fizeram uma espécie de salinha de convenções, com uma mesa, cadeira e microfone na frente e várias fileiras de cadeiras atrás. Eu linda sentei na primeira fileira cof cof. As mesas estavam nas laterais, porque a Dulce pediu que tivesse comida... sim, era open comida: suco, café, sanduíche, frutas, bolachas, etc etc.
Deu um tempinho e a rainha chegou. Linda, perfeita, maravilhosa. Mas achei ela magrinha demais.
Bom, ela deu um tempo pra gente comer enquanto arrumava umas peças de roupas que tinha levado pra galera comprar, pra juntar mais dinheiro pro Teleton. Ao que parece deram pra ela a meta de 50.000 pesos a serem doados, por isso queria juntar o máximo que desse. Eu não comprei nada porque a) não tinha levado dinheiro b) as roupas eram feias c) não sou dessas que compra roupa de artista hahaha.
A convivência foi uma delícia! Maria acendeu uns incensos e meu cabelo ficou cheirando a casa de macumba e com eles ela quase matou a presidente do club, que é alérgica, mas ok.
Conversa daqui, conversa dali... a galera era super tímida. Ela falava "ok, alguém quer fazer uma pergunta ou dividir uma história..?" e cri cri cri, ninguém falava nada. Até que uma mina resolveu citar o Brasil (e alguém gritou HASTA LA MADRE!). Dulce disse que gosta muito de fazer show lá etc etc etc aí eu criei uma coragem não sei de onde e levantei a mão. Me cortaram umas duas vezes mas quando pude falar, sambei "Ojalá no me peguen afuera, pero es que soy de Brasil... blablabla" eu gravei então logo logo posto o vídeo da minha declaração pra ela hahaha.
Ai gente, falei com ela, ela olhou nos meus olhos, falou comigo com interesse... ai sério, indescritível. Algo que eu esperava há 9 anos aconteceu assim, tão natural, tão na hora certa, tão... real.
Acho que não vou superar nunca.
No final não apanhei de ninguém, até fiz amizade e ganhei uma revista. A galera do fc é bem buena onda, na verdade.

Nota mental: postar sobre a gravação de Va Por Ti