- A Saga do Intercâmbio, parte I -

Depois de ter contado a vocês como todo esse meu amor pelo México começou, lá vou eu contar a luta que foi pra chegar até aqui, a partir do momento em que eu entrei na Universidade...

Bom, em 2012 eu entrei na Universidade Estadual Paulista, câmpus de Botucatu, para cursar a graduação em Ciências Biomédicas (ou Biomedicina, tanto faz). Como eu disse anteriormente, escolhi essa faculdade porque sabia que ela investia pesado na internacionalização, e eu poderia tentar fazer meu intercâmbio enquanto estudasse aqui...

Primeiros meses de aula: só paulada. Eu sabia que eu era lentinha e demorava pra aprender mas olha gente, estudar pro vestibular não é nada comparado com estudar pra passar de semestre! Só os coleguinhas sabem a dor de decorar 354684 buracos do crânio ou de ter que "aprender" limites, derivadas e integrais (maldito cálculo I mascarado como matemática no plano de ensino!) estando em um curso de BIOLÓGICAS. Mas enfim, já foi. Obviamente peguei RR (recuperação, exame, chame como quiser) em Cálculo (por sofrido 0,5 ponto, sacanagem!) mas graças a Deus, ao Me Salva! e à paciência da prof, consegui passar sem pegar dp. Mas é claaaro que isso não passaria em branco e aparece lindamente como "reprovada" no meu histórico escolar.

Eis que aí surge uma palestra sobre intercâmbio para os bixos. Lá vamos nós averiguar como funciona o negócio... Primeira coisa que ouvimos é "o aluno deve ter desempenho acadêmico EXCELENTE para conseguir fazer um intercâmbio, ser aceito em uma Universidade estrangeira, ganhar bolsa..." "Quanto é excelente?" "CR (média) mínimo = 7" PÁ, tapa na cara! Por um momento tive meus sonhos quebrados e desiludidos.
DICA: não, você não precisa de média 7. É claro que depende da Universidade de destino (a UNAM - Universidad Nacional Autónoma de México [tipo uma USP de lá], por exemplo, só aceita aluno com média 9, pelo que eu entendi dos editais...) Mas também tem Universidade que não impõe média mínima, como a Benemérita Universidad Autónoma de Puebla [se não me engano acho que era a BUAP mesmo] e a La Salle.
Meu CR é 6.5 e não tenho vergonha de admitir. CHUPA SOCIEDADE, CHUPA MUNDO!

Beleza, tomei esse tapa na cara mas continuei... continuei me ferrando na faculdade né! Eita curso difícil esse que eu escolhi! E a cada reclamação era um "foi você que escolheu" que vinha da minha mãe. Ela nunca me perdoou por eu ter trocado Letras por Biomed. C'est la vie, serei pobre do mesmo jeito. E Biomed nem é tão ruim assim, poxa...

ó lá gente, Botucatu é quase Londres!

Prática de Bioquímica, isso azul aí é xixi. Só coloquei essa foto porque mandei ela pra aparecer em um vídeo de Jesse & Joy, e ela aparece aqui  aos 2:50)

Trote: vai lá bixete, almoçar em república: comer com a testa riscada, os braços amarrados e um amassador de alho no lugar de garfo!

Sem mimimi sobre os trotes, cansei dessa polêmica mas... todo aluno da Unesp tem um apelido (carinhosamente escrito na testa e cunhado por um veterano, nem sempre com palavras bonitas), que será seu novo nome. O meu não pegou, alô alô graças a Deus.

Próximo post segue a parte II da Saga.